terça-feira, 13 de maio de 2008

Adoráveis divergências.

Eu não quero me conformar.
Quero acreditar que tem jeito, que há solução, que com um pouquinho de boa vontade dá pra mudar o mundo sim.
Ok. Talvez não dê pra mudar o mundo todo.
Mas acredito que com uma boa dose de revolta e de vontade de transformar o que não está certo posso alterar o meu mundo. Que já é muita coisa!
Meu pai não pensa assim. Diz que é perda de tempo. Que não vale a pena. Que vou me estressar. E que, no final, nada terá saído do lugar.
Ele não é pessimista. É até otimista demais em certos momentos.
Mas, para algumas coisas, ele já não vê mais motivos para lutar, para se rebelar. Acha melhor aceitar a ter que brigar. Ainda que ele tenha razão.
Talvez porque já tenha feito isso no passado e não tenha obtido as vitórias com as quais sonhou. Enfim...
Sei que, se dependesse dele, eu não sofreria nunca e não me decepcionaria jamais.
E acho que é por isso que eu e ele tivemos, e ainda temos, tantas divergências de opiniões (pra não dizer "arranca-rabos"!).
Eu não acredito em crescimento sem dor, sem decepção, sem arranhões.
E ele sempre tentou evitar que qq coisa do tipo me acontecesse.
Não fui criada para "arriscar". Para trocar o "certo pelo duvidoso". E isso não fez de mim uma pessoa melhor. Nem pior. Mas... sei lá. É inevitável não pensar em coisas como, onde eu estaria, profissionalmente falando por ex, se eu tivesse sido incentivada a pagar pra ver..... E, não sei pq, mas, qdo paro pra pensar nisso, sempre tenho a sensação de q eu poderia estar, hoje, no lugar da Patrícia Poeta... rs
Vou pra SP daqui duas semanas. Mas não tenho a pretensão de virar apresentadora do Fantástico. Até pq, nem gosto de TV.
Mas tenho a convicção de que quero ir, de que quero tentar, de que quero arriscar.
E é claro que meu pai é contra!
"Onde já se viu largar emprego de carteira assinada para ir atrás de, sabe Deus o q?"
Pois é, pai. Sabe Deus o quê.
O importante é que, apesar de todas as nossas divergências, sei que se eu gritar, meu pai vem correndo. E esse, por mais que ele torça o nariz, é um dos motivos pelos quais eu insisto em querer dar um passo, talvez, maior do que a minha perna.
Se que se quebrar a perna, entre um mimo e outro, terei que ouvir um "eu tentei te avisar, mas vc não quis me escutar", da parte dele.
Mas tudo bem.
Eu aguento!

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