quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pra lavar a alma.

Acho legal chorar no chuveiro.
Misturar lágrima, água, sabão....
No final, quando termino a sessão lágrimas pra que te quero, sempre tenho a sensação de que, apesar dos problemas não terem escorrido pelo ralo, tudo vai ficar bem...

terça-feira, 29 de abril de 2008

Como assim não tem plano B?

Todo mundo tem que ter um plano B. Pra tudo. Porque vai que o plano A não dá certo?

Porque quem não tem plano B se desespera, fica com dor de cabeça, perde a vontade de comer e coloca no MSN o nick "pára tudo que eu quero descer!" quando o plano inicial não vinga.

Mas acho que pior do que não ter um plano B é cantar vitória antes mesmo de executar o plano A.
É fazer planos contando que o plano A é perfeito. É espalhar para Deus e o mundo que sua idéia é a mais brilhantes de todos os tempos e que, em hipóteses nenhuma, ela dará errado.

Aí, quando o plano A resolve ir por água a baixo (a água é fria e cai exatamente sobre a cabeça) vem a dura, triste e envergonhada missão de dar satisfação para umtrilhãoquatrocentosesetebilhões de pessoas que, assim como vc, também apostavam que o seu plano A era o melhor de todos.

p.s.: Desempregada. Sem o bendito $ do FGTS. E sem plano B.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Falar ou não falar. Eis a questão.


Antes que o dia termine e eu lamente o que poderia ter sido e não foi, preciso confessar umas coisas... Mas antes preciso criar coragem para confessar algumas delas. Talvez isso leve tempo. É bem possível que eu passe a noite acordada esperando pela coragem que, talvez, não chegue. E veja o sol raiar anunciando o início de um novo dia. E, tomada pelo encantamento de ver o brilho do sol e o milagre da renovação da vida, deixe para confessar depois coisas incofessáveis.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

I´ll be there for you cause you there for me too.


Eu tinha 19 anos quando fui trabalhar na, então, rádio cidade. Estudante de jornalismo, aquele era meu primeiro contato com um meio de comunicação de verdade. Não fui pra lá pra fazer estágio porque o salário como estagiária era baixo e eu precisava de um pouco mais para pagar a faculdade. Por isso, aceitei, com muito alegria, trabalhar como recepecionista da emissora, onde, logo nos primeiros dias, notei que, entre tantas vozes bonitas, uma, em especial, se destacava. Era a de um tal Roliber Wanderson.... Meu melhor amigo.


Não sei precisar, exatamente, quando foi que me apaixonei por ele. Mas me lembro das conversas na recepção da rádio, dos bilhetinhos trocados em meio ao expediente, das descobertas de afinidades, letras de músicas e, principalmente, das milhares de vezes que tive que dizer "eu não estou ficando com ele!" Sim, porque, contrariando toooodas as expectativas e torcidas da época, eu e ele nunca, jamais, tivemos nada, a não ser um grande respeito um pelo outro.


Apesar de toda sintonia e amizade, quis o destino que nós nos afastássemos. Saí da rádio. Ele também. Roliber recebeu um daqueles convites irrecusáveis para trabalhar na maior empresa de comunicação do Espírito Santo. E eu o "educado" convite solicitando o meu desligamento da rádio. "Foi legal ter você conosco, mas agora não precisamos mais dos seus serviços". "Ok. Não teria mesmo a menor graça continuar aqui", pensei.


Minha relação com ele sofreu com os nossos respectivos desligamentos. Era como se alguém tivesse apertado o botão de "pause" e nos congelado no tempo. Mas, a vida seguia.


Quando eu estava no último ano da faculdade, lembro-me de termos nos encontrado e dele ter me apresentado à Josi. Lembro, inclusive, das palavras que ele usou para defini-la: "A Josi e eu, hoje, somos que nem eu e você éramos na época da rádio!" Fiquei com ciúmes. Confesso. Mas não fiz disso um dramalhão, pois, apesar do distanciamento físico, de certo modo, nós nunca chegamos a nos afastar totalmente. Vez ou outra tínhamos notícias um do outro. E sabíamos que a vida seguia.


Até que, num belo dia de setembro, eis que eu também recebo um convite para trabalhar na maior empresa de comunicação do Espírito Santo. Feliz da vida quis contar a novidade para ele e recordo bem do abraço que ele me deu quando disse que trabalharia lá também.


O trabalho, novamente, nos uniu. Passamos a nos ver com frequência e foi como se o botão de "pause" apertado lá trás tivesse sido automaticamente "desapertado". As visitas dele à redação do jornal e as minhas ao estúdio da rádio aconteciam sempre que o trabalho permitia e causavam inveja em muitas coleguinhas... Claro que voltei a ouvir piadinhas e comentários do tipo "duvido que vocês são só amigos", mas, a essa altura da vida, já não perdia meu tempo dando ouvidos a essas coisas, nem tão pouco ficava dando satisfação da minha vida a qualquer um.


O que sei é que, a partir de então, na trilha sonora que embala a minha amizade com esse cara há espaço para tudo. Das clássicas do rock nacional, apropriadas para os momentos de dor de cotovelo; a Beautiful Day, do U2, ouvida em volume máximo e, de preferência, no estádio do Morumbi, em São Paulo.


Desde que nos reencontramos, acho que não passamos 1 semana sem saber um do outro. Claro que o orkut e os nossos fotolog´s ajudam na hora de nos manter informados. Mas não é só isso. Sei que mataria umas 958297843287327432 de meninas de inveja ao dizer que não tem preço abrir meu orkut, lá de SP, durante uma viagem qualquer, e ler um recado dele, mais ou menos assim: "sei que você ama esse lugar e que quer ficar aí. mas volta logo. é muito ruim querer falar com vc e não te ter por perto".


É. É amor sim. Não tenho a menor dúvida disso. Mas, para quem conhece apenas uma forma de amor entre um homem e uma mulher, o aviso: é amor fraterno. Desses que fazem a gente ter certeza de que a vida pode seguir, os caminhos podem ser outros, mas o sentimento que nos une é eterno.


Vou me mudar em maio. Morarei em São Paulo. Quando contei para ele a notícia senti um misto de "boa sorte" com um "você tem mesmo que ir?".


É, amigo. Tenho mesmo que ir. Nem que seja para fazer todo mundo morrer de saudades de mim!!!!! Principalmente e especialmente você. Que é um homem que eu admiro, respeito, por quem torço, por quem brigo e a quem eu quero um bem enorme.


Passados 11 anos posso dizer, do fundo da minha alma, que a minha vida e a vida desse cara podem seguir sim rumos diferentes. Pode, inclusive, acontecer de apertarem o "pause" da nossa música preferida de novo que não vou me entristecer. Porque sei que quando dermos o "play" a música continua. E a gente canta o refrão juntos!


I'll be there for you
When the rain starts to pour
I'll be there for you
Like I've been there before
I'll be there for you
Cause you there for me too...
(refrão de "I'll Be There For You", trilha sonora de Friends)


terça-feira, 8 de abril de 2008

Amor maior que eu.


Tem gente que a gente ama e ponto.

Não interessa se a pessoa está por perto todo dia nem tão pouco se o sentimento é recíproco e do mesmo tamanho. A gente simplesmente ama. Muito.

Algumas dessas pessoas afortunadas a quem nós dedicamos esse que, na minha opinião, é a mais honesta forma de demonstração desse sentimento sublime, não tem nem noção do quanto é grande o nosso amor por elas...

E a gente não se importa com isso. Não as cobra. Aliás é o tipo de detalhe que não faz a menor diferença. Porque vamos amá-las quer elas queiram ou não.


Na foto: nádia. minha prima. minha vontade de virar criança de novo. minha certeza de que posso ser melhor a cada dia. meu pedaço de céu. minha luzinha encantada.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Perdoai os nossos pecados.


Há algum tempo vi um filme estrelado por Julia Roberts chamado "Erin Brockovich". A história, verídica, narra a trajetória de uma mulher que trabalhava num escritório de advocacia, como arquivista, quando se interessou pelo caso de uma empresa de eletricidade cujos dejetos estavam contaminando com substâncias tóxicas a água de uma pequena cidade da Califórnia. Durante cinco anos, ela visitou diariamente as famílias que viviam na cidadezinha, acompanhando os casos de envenenamento e reunindo provas para abrir uma ação judicial contra a companhia. Não desanimou até ganhar a causa, no valor de 333 milhões de dólares – dos quais recebeu uma comissão de 2,5 milhões.

Lembrei desse filme hoje e resolvi pesquisar sobre a tal Erin. Encontrei uma entrevista que ela concedeu à Veja, em 2004, e fiquei impressionada com a força e determinação dela. Mas, dos vários trechos, um, especificamente, chamou mais a minha atenção. Abaixo:



Veja – A senhora conseguiu perdoá-los?Erin – Hoje meu primeiro marido e eu somos amigos, até porque temos dois filhos e precisamos conversar sobre eles com freqüência. Todo mundo comete erros, e a gente pode escolher entre ficar morrendo de raiva e nunca mais falar com quem cometeu o erro ou aprender a lidar com a situação e relevar mágoas passadas. Em relação a meu ex-marido, preferi a segunda opção.


Não vou entrar em detalhes para explicar pq, exatamente, me identifiquei com essa parte da entrevista. Mas, quero apenas deixar registrado que eu também escolhi a segunda opção.