segunda-feira, 17 de março de 2008

Feliz sete anos como Jornalista!

"escrever é como entornar um balde"....
Bonito isso, não?
Acabei de ler essa frase numa reortagem assinada pelo coleguinha Flávio Borgneth para o Leve a Vida (A Gazeta de domingo) sobre os benefícios terapêuticos advindos do ato de escrever.
A reportagem traz uma análise do psicólogo Fernando Magalhães (q até onde eu sei, não é meu parente! rs) que afirma que o efeito de alívio proporcionado pelo ato de escrever é imediato. "Parece até mágica", comenta ele.

E não é que ele tem razão?
Eu, pelo menos, me sinto tão melhor depois que eu consigo escrever alguma coisa!
Seja uma matéria, daquelas que me custaram algumas crises de ansiedade; ou mesmo um e-mail para uma amiga distante (como o q eu escrevi para a Raquel Noronha, minha chará e amiga que mora em Fortaleza).

Escrever sempre foi um de meus passa-tempos preferidos. Talvez pela timidez, não sei.
O fato é que eu sempre gostei de fugir para o reino encantado das letras desde muito novinha.
Lembro que tão logo aprendi a escrever e descobri o significado da palavra "diário", decidi que queria ter um. E pedi para minha mãe um daqueles caderninhos com cadeado e chavinha.

Os primeiros dias de posse do meu primeiro diário foram de puro contentamento. "querido diário, hoje eu acordei cedo, fui pra escola, fiz meu dever de casa....." e foi assim no segundo dia, terceiro, quarto... aí no quinto eu esqueci de escrever, no sexto dia eu não tava "inspirada".... lá pelo nono dia eu escrevi de novo alguma coisa sobre "como é chata a obrigatoriedade de TER que escrever todo dia".... óbvio que não com essas palavras! Mas, mesmo assim, me "obrigava" a escrever sempre que possível.

Passei da fase do diário para as agendas no segudo grau. Nossa! As agendas..... Quem, hoje, está na casa dos trinte e poucos anos, lembra bem o que eram aquelas "monstruosidades", no bom sentido, claro! Lá tinha espaço não só para escrever, mas também para colar o papel da bala que eu havia chupado na hora do intervalo da aula de química. Na agenda eu escrevia sobre os amores, as amigas, as decepções, as alegrias, as tristezas..... Às vezes não escrevia com muitos detalhes por medo de que a minha agenda pudesse cair em "mãos erradas", como a dos meus pais, por exemplo!

Fiz agendas até os 19 anos, se não me engano. Depois disso, passei um período de "trevas", também conhecido como pré-vestibular! Nessa época eu só sabia escrever redações sobre os mais variados temas! E, para a minha surpresa, enquanto muitos de meus colegas vestibulandos entravam em pânico quando davam de cara com a folha em branco da prova de redação, eu simplesmente lia os temas, escolhia o que mais me agradava e escrevia..... As letrinhas iam saindo com uma facilidade que até eu me impressionava!

Foi quando minha mãe teve a brilhante idéia: "minha filha, por que vc não faz vestibular para Jornalismo?"

Eu, diante da questão, não conseguia pensar em outra resposta, a não ser......... "Tá doida, mãe????????? Eu???? Jornalista?????? Jamaaaaais! Naaaaada a ver!!!!!"

Tsc tsc tsc.

Depois de dois vestibulares mal-sucedidos para Publicidade, resolvi me render a sugestão da minha mãe.

Bendita hora!

Apesar dos salários sempre baixos, da falta de emprego e da banalização da profissão, eu simplesmente AMO ser jornalista.

E que venham os próximos sete anos!

Um comentário:

Cláudia Acourt disse...

Também sou vítima desta doença. Amo o jornalismo.

Cláudia Acourt